Iniciativas

     A ranicultura está presente já à algum tempo na Região Nordeste, com iniciativas no Rio Grande do Norte e em Pernambuco que datam de 1995, no Ceará e em Alagoas em datas ainda mais anteriores.

     Os ranicultores remanescentes de Pernambuco associados à APECRÃ, Associação Pernambucana de Criadores de Rãs, estão com os ranários em operação a seis anos e têm planos de ampliação. O modelo de instalações que utilizam é similar ao confinamento e tanque ilha com forte tendência a modelo indeterminado.

     No Rio Grande do Norte, os ranicultores associados à ANORA, Associação Norte-rio-grandense de Ranicultores, estão produzindo de maneira incipiente, em compasso de espera. No setor de girinagem, esses produtores têm em conjunto aproximadamente 150.000 animais. Na recria, em média 18.000 rãs, e uma produção atual de 300Kg de carne por mês em média. O sistema de criação é indefinido e o abate é artesanal. A obtenção de ração própria às rãs é uma das maiores dificuldades enfrentadas na região, isso faz com que o ranicultor muitas vezes a substitua por outra ração, atrapalhando a conversão alimentar do animal, o que reflete diretamente na produtividade.


      A partir de 1.999, o Centro de Formação de Tecnólogos, hoje Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrárias (CCHSA/UFPB) passa a investir numa infra-estrutura que possibilite a formação de recursos humanos em nível de qualificação, de ensino técnico, de terceiro grau e de pós-graduação (ensino, pesquisa e extensão). O objetivo almejado é promover a expansão da base operacional e crítica da atividade agro-industrial baseada na criação de rãs, no aproveitamento de sua carne e de subprodutos e, no desenvolvimento de equipamentos e ferramental aplicados à atividade. Esse investimento aglutina-se no Laboratório de Ranicultura e Produtos da Aquicultura do CCHSA.