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Sessão especial na ALPB celebra 70 anos da UFPB e ressalta autonomia, inclusão e compromisso social

publicado: 04/09/2025 10h53, última modificação: 04/09/2025 11h01
Homenagens fazem parte da série de comemorações em torno do aniversário da instituição

Sessão especial na ALPB celebra 70 anos da UFPB e ressalta autonomia, inclusão e compromisso social

A Assembleia Legislativa da Paraíba realizou, nesta quarta-feira (3), uma sessão especial em homenagem aos 70 anos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), numa iniciativa conjunta com a Câmara Municipal de João Pessoa. A proposta foi da deputada estadual Cida Ramos (PT), que presidiu a sessão, com a participação do vereador Marcos Henriques (PT), convidado para representar o Legislativo municipal.

Ao abrir a solenidade, a deputada Cida Ramos destacou que a UFPB “formou a elite paraibana”, mas, sobretudo, “abriu as portas aos filhos e filhas do povo”, ressaltando que, “nas mãos de duas mulheres, a UFPB defendeu a autonomia universitária em tempos de ataques à soberania”. O vereador Marcos Henriques frisou o papel social da Universidade “visível em cada ação nas comunidades”, e reforçou que a autonomia universitária é essencial para garantir “a liberdade de produzir e compartilhar conhecimento”.

No púlpito, a Reitora Terezinha Domiciano e a Vice-Reitora Mônica Nóbrega agradeceram a homenagem e sublinharam a ligação histórica da Universidade ao desenvolvimento do estado. “A UFPB é um patrimônio do povo paraibano”, disse Terezinha, lembrando a trajetória de sete décadas de formação profissional e humana e o papel da instituição na produção de conhecimento, pesquisa, extensão e cultura. “Sou uma cidadã paraibana, sertaneja, que sonhou em ser aluna, depois professora, consolidou sua carreira, e se tornou exemplo do poder transformador que a universidade pública tem na vida das pessoas. Esse é o poder de permitir o sonho”, completou a Reitora.

A Vice-Reitora Mônica Nóbrega lembrou também a sua própria trajetória: “A UFPB mudou a minha vida e a da minha família, porque a educação transforma vidas”. Ela reafirmou o compromisso da gestão atual com a inclusão, a autonomia e as causas democráticas, enfatizando o compromisso da universidade em construir uma sociedade melhor.

Representando a comunidade acadêmica discente, Fernando Alves (DCE-UFPB) celebrou “um espaço de sonho e de luta”, sublinhando que, ao longo de 70 anos, a Universidade formou “consciência crítica e compromisso com a transformação da realidade”.

Em nome da Reitora do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Mary Roberta Meira Marinho, o servidor e egresso em Direito pela UFPB Francisco de Assis ressaltou que a UFPB “nasce do desejo coletivo de oferecer ensino, pesquisa e extensão de qualidade ao povo paraibano e brasileiro”.

Já Édson Franco, presidente da ADUFPB, rememorou momentos desafiadores da história recente e remota da instituição — como períodos ditatoriais e a intervenção na Reitoria durante a gestão passada — e enfatizou o poder de resistência da comunidade universitária, inclusive durante a pandemia, quando docentes e servidores mantiveram o atendimento e serviço à comunidade, fosse presencial ou remoto.

Josinaldo Malaquias, Vice-Presidente da Academia Paraibana de Direito (APD) e professor aposentado da UFPB, emocionou o plenário ao narrar a própria travessia “do Brejo à UFPB”, onde encontrou a casa que lhe permitiu “deixar de ser ninguém” e construir uma carreira acadêmica, com títulos, reconhecimento, respeito e compromisso com as lutas da sociedade paraibana.

A professora Bagnólia Araújo Costa e o professor André Piva, ambos da UFPB, compartilharam relatos do impacto da UFPB na ciência, na cultura e na memória do povo paraibano, destacando o poder transformador da extensão universitária e das políticas de cotas para a verdadeira transformação da sociedade. Em tributo coletivo, reforçado pela deputada Cida Ramos, foi lembrada, em nome de todas e todos que morrem em decorrência da Covid-19, a memória da professora Rita de Cássia Ramos do Egypto Queiroga, vítima da doença e das omissões do Estado brasileiro no seu combate.

Na parte cultural, a poesia popular de Silvinha França (cordelista) e o sax de Jurandy do Sax deram o tom afetivo da celebração, emocionando os presentes. Além disso, o servidor da UFPB e músico, Adeildo Vieira, cantou duas de suas canções, representando a força da criação artística da própria comunidade acadêmica e sua importância para a arte e a cultura do estado e do país.

Ao final, a Reitora Terezinha Domiciano fez a entrega simbólica de presentes aos proponentes da homenagem, deputada Cida Ramos e vereador Marcos Henriques, e reforçou que as comemorações oficiais dos 70 anos seguirão ao longo do semestre, com atividades acadêmicas, culturais e esportivas nos campi.

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Texto: Marcel Vieira
Fotos: Marta França
Ascom/UFPB